A quarta revolução industrial irá extinguir algumas profissões, e é certo que determinados modelos de liderança também não sobreviverão. Os profissionais com visão de negócios à frente de seu próprio tempo têm apostado em uma técnica que tem tomado de assalto as grandes empresas mundo afora. Muito além do que meros dois minutos de mindfulness, as empresas caminham para algo de maior completude: A Gestão do Agora.
por Stefania Giannoni,
Psicóloga, especialista no Desenvolvimento de Equipes, Carreira e Humanização *
Sobre a LIDERANÇA 4.0: Nós
precisamos mudar a forma de Liderar, já antevendo o cenário econômico e corporativo que está se formando e que afetará quase todas as carreiras. A automação de processos, a internet das coisas e robôs integrando a equipe de colaboradores já é realidade em algumas empresas do mundo. Espera-se que, em dez anos, versões verde-amarelas façam parte do dia a dia das empresas brasileiras.
O cenário, que parece episódio do desenho animado Os Jetsons, indica a necessidade de nos prepararmos para essas mudanças. O tempo passa rápido… Temos que enxergar este novo momento não como se fosse o fim do mundo e sim como uma oportunidade de fazer uma mudança de mindset, adquirir novos padrões de pensamentos, novas formas de atuar, novas atitudes.
Este cenário exige uma liderança diferenciada. Inovação é a palavra-chave. Mas, como desenvolver produtos inovadores e serviços customizados com uma equipe que não tem liberdade para criar, expressar-se e que não recebe nenhum incentivo para o seu autodesenvolvimento?
O profissional que está entrando no mercado de trabalho tende a questionar formatos engessados na relação líder – colaborador. O que implica em uma sentença de morte na forma antiga de conduzir pessoas. Eu arrisco dizer que é um caminho sem volta. E falo mais, da mesma forma que a quarta revolução industrial irá extinguir algumas profissões, é certo também que alguns líderes não sobreviverão. Aquele modelo de gestor que atua como chefe, individualista, cujo objetivo é crescer a qualquer custo, sem se importar com a equipe, está fadado ao insucesso, não terá lugar nas empresas com cultura de participação, transparência , agilidade e com foco no cliente.
A incerteza, alta complexidade, rapidez e necessidade de mudanças serão tão fortes que o gestor que centraliza e concentra tudo em suas mãos, mesmo que seja muito inteligente, não conseguirá alcançar resultados, pois a partir de agora o negócio é a coletividade, fazendo aflorar a inteligência coletiva. Várias pessoas pensando em conjunto para um bem comum.
“O líder nato na Cultura 4.0 das organizações tem a empatia de um compromissado mentor com a evolução de cada colaborador, integrada à visão global do Negócio.”
UNUS PRO OMNIBUS
Um por todos e todos por um… A união faz a força… O lema dos três mosqueteiros mostra-se tão atual e essencial para a saúde das empresas e para a permanência de um líder no mercado de trabalho.
A ênfase é no crescimento da equipe, no alcance de resultados da empresa, na melhoria da comunidade, na sustentabilidade do planeta. Não é mais eu, somos nós. Não é mais obter lucro a qualquer custo, é obter resultados, causando impacto positivo nas pessoas e no entorno.
Provavelmente, você deve estar se perguntando, e agora?
Julgo que o nosso grande desafio é fazer a Gestão do Agora. Mas o que é fazer a gestão do agora – é assumir o protagonismo, fazer o diferente e ampliar a nossa capacidade de realização, aprender a aprender.
Renovar os conceitos, ter visão sistêmica, entender do negócio de sua empresa, entender de comportamento humano. Resumindo, INVESTIR EM VOCÊ.
Como se desenvolver para ser um Líder 4.0
1. Clareza dos objetivos
– Qual é a sua missão, onde você quer chegar e quais são os valores que te sustentarão nesta jornada.
2. Autoconfiança
– Acreditar em si próprio, saber quem é você, quais são os seus talentos e pontos de melhoria.
3. Traçar um plano de ação
– O que preciso fazer? Como vou fazer? Quando vou fazer? De quem será a responsabilidade? Qual será o investimento necessário?
4.Comprometimento
– Ter disciplina, evitar a procrastinação e acreditar que o nosso sucesso depende do esforço de cada um de nós.
5. Reconhecimento
– Aqui estamos falando de recompensas: o que eu vou ganhar se atingir os meus objetivos. Procurar se presentear pelo mérito alcançado. Isto motiva.
6. Redirecionamento
– Fazer o acompanhamento das ações a serem empreendidas e se não deu certo, raciocinar da seguinte forma: como pode dar certo? O que eu preciso modificar? Ter a flexibilidade para mudar rapidamente. Não perder tempo.
Se agirmos desta forma, quando alguém nos questionar se estamos nos preparando para o futuro, a única resposta que podemos dar é – ESTOU FAZENDO O QUE PRECISA SER FEITO.
E nunca se esqueça que a liderança se faz pelo exemplo. Você sem dúvida será um modelo a ser seguido pela sua equipe e assim exercerá o seu papel de formador de novas lideranças.
E você o que pensa sobre o papel do líder neste cenário de mudanças? Conte para nós nos comentários.
* Colaborou o jornalista Harlley Alvez, Comunicação Corporativa SLG Consultoria Empresarial.
Mtb 36.959
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